Una tesis dedicada a Nicolás de Cusa


JOSÉ TEIXEIRA NETO


NEXUS: DA RELACIONALIDADE DO PRINCÍPIO À  “METAFÍSICA DO INOMINÁVEL”   EM NICOLAU DE CUSA [link]
Natal – RN, 2012

Indicamos com a ideia de nexus ou conexio, pensada como conexão do inteligível com o inteligente, o fundamento no qual a razão pode compreender e nomear, mesmo que inadequadamente, o que o intelecto vê incompreensível e inominável. Assim, abre-se um caminho para a nossa investigação: tomaremos a ideia de nexus como fundamental para a interpretação dos nomes divinos e para a “metafísica do inominável” e mostraremos como nos nomes divinos, principalmente no posset, espelha-se a Trindade, a relacionalidade do princípio e, portanto, também o nexus. Para tanto será necessário pensarmos algumas questões prévias: situaremos Nicolau de Cusa na tradição medieval do neoplatonismo cristão, retomaremos algumas discussões sobre o problema da nomeação e da filosofia da linguagem de seu pensamento, refletiremos como esse pensamento se molda a partir do diálogo ativo com a tradição e como a sua especulação se constitui a partir da relação dialética e dinâmica entre filosofia e teologia que será pensada em nosso texto por meio da relação entre fé e conhecimento intelectual (intellectus). Após esclarecermos essas questões introdutórias passaremos a considerar a compreensão trinitária do princípio fundante e a especulação sobre o nexus tomando como ponto de partida o De venatione sapientiae em que o nexus ou conexio é pensado como um campo de caça da sabedoria e o Primeiro Livro do De docta ignorantia no qual o Máximo é já pensado como uno e trino. A partir do Segundo Livro dessa mesma obra e do Idiota. De mente mostraremos em que sentido o universo e a mens, enquanto imago dei, imitam a Trindade eterna. Por último, retomaremos a noção de scientia aenigmatica do De beryllo e algumas indicações que esclarecerão que Nicolau assume os nomes divinos como enigmas. Finalmente, tentaremos mostrar que os nomes enigmáticos também espelharão o princípio unitrino. Assim, retomaremos previamente alguns traços desse aspecto em alguns nomes divinos e em textos do “peíodo tardio” para depois concluirmos com aquele que em si mesmo já indicava o nexus e, portanto, a trindade: possest.

2 comentarios:

  1. Anónimo26.2.13

    Este comentario ha sido eliminado por un administrador del blog.

    ResponderEliminar
  2. Anónimo27.2.13

    Este comentario ha sido eliminado por un administrador del blog.

    ResponderEliminar